Cachoeiras do Glória estão abertas ao público

Cachoeiras do Glória estão abertas ao público

Após a ocorrência de uma cabeça d’água – fenômeno natural que faz o volume das águas das cachoeiras subir repentinamente e traz o risco de afogamento por conta da enxurrada – na cachoeira Zé Pereira, em São João Batista do Glória, deixar cinco mortos, surgiram notícias de que as cachoeiras particulares foram fechadas na região. A informação não procede.

De acordo com o diretor Municipal de turismo Leandro Costa Garrossino, nenhuma cachoeira na região de São João Batista do Glória se encontra fechada, não houve nenhuma medida por meio da prefeitura da cidade ou outro órgão responsável, requisitando que os atrativos fossem fechados ou interditados.

Os locais turísticos estão abertos à visitação e continuam recebendo pessoas. A limitação que é feita acontece pelos proprietários rurais (Donos das áreas onde as cachoeiras se encontram), como forma de prevenir que os banhistas se envolvam em acidentes, por conta de cabeças d’água.

O que acontece na realidade, é que os proprietários dos locais solicitam aos banhistas que se retirem do ambiente quando o tempo fica chuvoso. Desta forma Garrossino reitera que as áreas estão funcionando normalmente. “Todas as cachoeiras estão abertas só pedem para os turistas saírem se estiver chovendo ou com risco de chuva”. Ainda segundo o diretor não há relatos de desistência por parte dos turistas após as tragédias na região, e ele também afirmou que não sentiu o impacto no turismo da cidade. Segundo o guia de turismo Nacional Matheus de Paula Mendonça, na região de São João Batista do Glória existem cerca de 20 cachoeiras abertas ao público, levando em conta que são aproximadamente 100 catalogadas e, na área de Delfinópolis, outra sem ponto final “a região é muito rica em Cachoeiras; para os visitantes aproveitarem com segurança, devem sempre irem acompanhados de pessoas credenciadas, experientes e aptas a guiarem os turistas”, orientou Mendonça.

O guia ainda dá algumas dicas de da melhor época do ano para que as pessoas visitem os pontos e os melhores momentos para a prática de esportes radicais, como faziam os cinco jovens que morreram por conta de uma cabeça d’água que aconteceu na cachoeira Zé Pereira. “No verão, as cachoeiras têm que ser visitadas de manhã, porque, geralmente, chove no período da tarde e em pontos isolados, esse é o problema. Talvez onde você se encontra não está chovendo, porém, na cabeceira chove, esse é o risco para o turista. Além disso os esportes radicais devem ser praticados no inverno, quando as chuvas têm chance quase zero de acontecerem.” Segundo informações do serviço Nacional de meteorologia do estado dos Estados unidos, as cabeças d’água ocorrem tão rapidamente que as pessoas são pegas de surpresa. A situação pode se tornar perigosa se elas encontrarem água alta e em movimento rápido.

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